terça-feira, 13 de março de 2012

…………………………………Pense nisso ! ! ! ! ! ! !

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Sobrevivente de um campo de concentração nazista explica por que não comia animais

Edgar Kupfer-Koberwitz foi um sobrevivente do campo de concentração Dachau.
Em pedaços roubados de papéis de rascunho e com pedaços de lápis, ele manteve seu diário secreto, que veio à tona após ser libertado em 29 de abril de 1945:

“Eu me recuso a comer animais porque eu não posso me alimentar do sofrimento e da morte de outras criaturas. Eu me recuso a fazer isto porque eu mesmo sofri tão dolorosamente que eu consigo sentir as dores dos outros pela lembrança dos meus próprios sofrimentos.

Eu sou feliz, ninguém me persegue; por que eu deveria perseguir outros seres ou causar-lhes sofrimento? Eu sou feliz, eu não sou um prisioneiro; por que eu devo transformar outras criaturas em prisioneiros e jogá-las em jaulas?

Eu sou feliz, ninguém está me machucando; por que eu deveria machucar os outros ou permitir que sejam machucados? Eu sou feliz, ninguém me maltrata; ninguém vai me matar; por que eu deveria maltratar ou matar outras criaturas ou permitir que sejam maltratadas ou mortas para meu prazer e conveniência?

Não é natural que eu não inflija a outras criaturas a mesma coisa que eu espero, e temo, nunca seja imposta a mim? Não é a coisa mais injusta fazer estas coisas aos outros sem nenhum propósito além do gozo deste insignificante prazer físico, às custas de mortes e tormentos?

Estes seres são menores e mais desprotegidos do que eu, mas você pode imaginar um homem racional, de sentimentos nobres, que basearia-se nestas diferenças para afirmar o direito de abusar da fraqueza ou da inferioridade de outros? Você não acha que é justamente o dever do maior, do mais forte, do superior, de proteger a criatura mais fraca ao invés de matá-la?

Eu quero agir de uma maneira nobre.

Eu me lembro da horrível época da Inquisição e eu lamento constatar que o tempo dos tribunais dos hereges ainda não terminou; que todos os dias os homens cozinham em água fervente outros seres que lhes são entregues pelas mãos de torturadores. Eu fico horrorizado ao pensar que estes homens são pessoas civilizadas, não brutos bárbaros, não nativos. Mas, apesar de tudo, eles são apenas primitivamente civilizados, primitivamente adaptados ao seu meio cultural. O europeu médio, flutuando entre idéias eruditas e belos discursos, comete todos os tipos de crueldades com um sorriso nos lábios, não porque ele seja obrigado a fazer isto mas porque ele quer fazê-lo. Não porque ele tenha perdido sua capacidade de refletir e compreender as terríveis coisas que ele está executando. Oh, não!! Apenas porque ele não quer ver os fatos. De outra maneira ele seria interrompido e aborrecido no desfrute de seus prazeres.

Considerando somente as necessidades, alguém pode, talvez, concordar com estas pessoas. Mas, será isto realmente uma necessidade? Esta tese pode ser contestada. Talvez exista algum tipo de necessidade para estas pessoas que ainda não evoluíram à personalidades conscientes.

Eu não estou pregando para eles. Eu escrevo para você, para um indivíduo ainda atento, que racionalmente controla seus impulsos, que sente-se responsável interna e externamente por seus atos, que sabe que nossa suprema corte está instalada em nossas consciências e que não há uma corte de apelação contra isto. Existe alguma necessidade que leve um homem totalmente consciente de si mesmo a respaldar uma matança? Em caso afirmativo cada indivíduo tem que ter a coragem de fazê-la com suas próprias mãos. Esta é, evidentemente, uma covardia miserável: pagar à outras pessoas para sujarem suas mãos de sangue e abster-se do horror e da consternação de fazê-lo…

Eu penso que os homens continuarão a ser mortos e torturados enquanto os animais forem mortos e torturados. Enquanto isto haverão guerras, também, porque matar precisa ser treinado e aperfeiçoado em pequenos objetos, moral e tecnicamente. Eu não vejo razão para se sentir ultrajado pelo que outros estão fazendo, nem pelos pequenos ou grandes atos de violência e crueldade. Mas, eu penso que já está mais do que na hora, de se sentir ultrajado por todos os pequenos e grandes atos de violência e crueldade que realizamos contra nós mesmos. E porque é mais fácil vencer as pequenas batalhas do que as grandes, eu penso que devemos tentar vencer primeiro nossas tendências às pequenas violências e crueldades, para evitar, ou melhor, para superá-las de forma final e definitiva. Então, o dia chegará quando será fácil lutar e superar até mesmo as grandes crueldades. Mas, nós ainda estamos adormecidos, todos nós, em hábitos e atitudes herdadas. Elas são como um molho suculento que nos ajuda a engolir nossa crueldade sem sentir seu amargo gosto.

Este é o ponto: Eu quero crescer em um mundo melhor onde uma lei maior conceda mais felicidade, em um mundo novo onde o mandamento de Deus impere: “Amai-vos uns aos outros”.”

Fonte: Vista-se

Consumo de carne aumenta risco de mortalidade

Pesquisadores da Harvard afirmam que o consumo de carne está associado ao maior risco de mortalidade por doenças cardiovasculares e câncer

carne2 "Nosso estudo adiciona mais provas para os riscos que o consumo de grandes quantidades de carne vermelha representam para a saúde, associado, em outros estudos, a diabetes tipo 2, doença coronariana, acidente vascular cerebral e certos tipos de câncer", disse An Pan, um dos autores da pesquisa, do Departamento de Nutrição da Harvard School of Public Health (HSPH)

Os pesquisadores, incluindo o autor sênior Frank Hu, professor de nutrição e epidemiologia na HSPH, e colegas, observaram prospectivamente  37,698 homens do Health Professionals Follow-up Study por até 22 anos e 83,644 mulheres no Nurse’s Health Study por até 28 anos, que estavam livres de doença cardiovascular e câncer no início. Suas dietas foram avaliadas por meio de questionários a cada quatro anos.

23.926 mortes foram documentadas nos dois estudos, das quais 5.910 foram por doenças cardiovasculares e 9.464 por câncer. O consumo regular de carne vermelha, particularmente de carne vermelha processada, foi associado ao aumento do risco de mortalidade. Uma dose diária de carne vermelha não processada foi associado ao aumento de 13% no risco de mortalidade, e uma dose diária de carne vermelha processada (um cachorro quente ou duas fatias de bacon) foi associada a 20% do aumento desse risco.

Dentre as causas específicas, os aumentos correspondentes de risco foram de 18% e 21% para a mortalidade cardiovascular, e 10% e 16% para mortalidade por câncer. Estas análises levaram em conta fatores de risco de doenças crônicas, tais como idade, índice de massa corporal, atividade física e histórico familiar com doença cardíaca ou câncer.

A carne vermelha, especialmente a processada, contém ingredientes que têm sido associados ao aumento do risco de doenças crônicas, como doenças cardiovasculares e câncer. Estes incluem: ferro heme, gordura saturada, sódio, nitritos, e certos agentes cancerígenos que são formados durante o cozimento.

Uma porção de carne vermelha quando substituida por uma fonte de proteína saudável está associada ao menor risco de mortalidade(...) Os pesquisadores estimaram que 9,3% das mortes em homens e 7,6% emmulheres poderiam ter sido evitadas ao final do follow-up se todos os participantes tivessem consumido menos de 0,5 porções diárias de carne vermelha.

"Este estudo fornece evidências claras de que o consumo regular de carne vermelha, especialmente carne processada, contribui substancialmente para a morte prematura", disse Hu. "Por outro lado, a escolha de fontes mais saudáveis ​​de proteína no lugar de carne vermelha pode trazer benefícios significativos para a saúde, reduzindo a morbilidade e mortalidade por doenças crônicas."

Fonte: HARVARD UNIVERSITY

terça-feira, 6 de março de 2012

Uma boa notícia.

Em Janeiro de 2012, o Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região (CRN-3), que abrange os Estados de São Paulo e de Mato Grosso do Sul, emitiu um parecer reconhecendo a viabilidade nutricional das dietas vegetarianas. Segundo o documento, estudos científicos comprovam que por meio da alimentação vegetariana e de suas variacções (ovo, lacto e ovo-lacto), com planejamento e, se necessário, suplementação, "é possível atingir o equilíbrio e a adequação nutricional". Além disso, o orgão reconhece que esse tipo de dieta "pode promover o crescimento, desevolvimento e manutenção adequados e ser adotada em qualquer ciclo de vida".
Este reconhecimento, já concedido em diversos outros locais do mundo, foi motivo de comemoração para nutricionistas especializados no assunto. Isto porque embora munidos de pesquisas, eles muitas vezes encontraram dificuldades no exercício da profissão. "Eu já estou na área há 18 anos e em nenhum deles, deixei de enfrentar barreiras por parte da academia", afirma George Guimarães, nutricionista e diretor da Nutriveg, clínica de consultoria em nutrição vegetariana, em São Paulo. Ele explica que as discussões no meio acadêmico eram sempre barradas sob a alegação de que a alimentação vegetariana era inviável. Com o novo posicionamento do CRN, o vegetarinanismo tende a deixar de ser encarado como excêntrico, abrindo espaço para debates.
Os pacientes vegetarianos também podem festejar. "A mensagem para os profissionais é de que se torne capacitados para atender a esse público. Até hoje, a regra entre os nutricionistas despreparados era a de desencorajar o paciente", explica Guimarães. Ele acrescenta que isto pode até estimular mais pessoas a se tornarem vegetarianas, já que muitas delas não adotavam a dieta por temer deficiências nutriconais.


Fonte: Revista dosVegetarianos  Março 2012 Pág 6